Alan Turing - "Sometimes it is the people no one imagines anything of who do the things no one can imagine"


“O que eu sou? Sou uma máquina ou um ser humano? Um herói de guerra ou um criminoso?”

(Alan Turing)

Talvez um dos maiores matemáticos, cripto-analista e gênios da história da humanidade. Foi um dos maiores salvadores de vidas na Segunda Guerra Mundial, com apenas cálculos matemáticos ele conseguiu decifrar a máquina criptográfica alemã, Enigma, dando vantagens extraordinárias para os Aliados durante 2 anos de guerra.

Se hoje existe uma sociedade relativamente livre, devemos essa liberdade à Turing, sem seu auxilio dificilmente os aliados teriam ganhado a guerra, ou se ganhassem, teriam muito mais perdas humanas.

Apesar de sua genialidade, de salvar mais de 14 milhões de inocentes na mais horrenda guerra durante toda a humanidade, Alan Turing foi tratado como monstro, criminalizado por um crime sem vítima e viveu os últimos dias de sua vida, recluso, incapaz de fazer o que mais amava. Como muito bem posto no website EN(CENA), Turing foi acusado por ser muito humano.

Alan era homossexual, uma prática que na época era considerada abominável e digna de prisão na Inglaterra, tais foram as sanções que decorreram na descoberta da homossexualidade de que ele  foi deposto de seu cargo de professor, humilhado por um tratamento de castração química e negado de participar de estudos e conferências na área acadêmica, principalmente na área de computação, biologia e matemática. 

Mais uma vez o Estado interferindo na vida dos cidadãos, como diria Murray Rothbard outra vez " um crime sem vítima".

Perdão? Pelo que? Peçam desculpas!



"Crime" que por grande insistência foi concedido o perdão pela rainha da Inglaterra. Como perdoar algo que nunca deveria ter sido crime? Não há necessidade de perdão e sim de retratação e pedido de desculpas pelos mais de 30 mil homossexuais castrados quimicamente pelo Estado só na Inglaterra.


Christopher Morcom e Alan Turing (1928) - Um amor criptográfico.
                    "Sometimes it is the people no one imagines anything of who do the things no one can imagine" (Christopher Morcom)


Alan teve uma adolescência de isolamento, seu único amigo era Christopher Morcom, também foi o seu primeiro amor. Ambos trocavam bilhetes cifrados nas aulas de matemática. 

No desenvolvimento emocional Christopher teve uma importância enorme nas principais ações do nosso gênio, tanto que a máquina que decifrou a Enigma tinha o nome de Christopher.

O lado de afastamento das pessoas parece ter vindo, segundo a ótica do filme, do constante processo de isolamento que ele vivia na escola, sendo resgatado por seu único amigo. Tal resgate parece acontecer várias vezes, mas em um sentido psicológico.

No final do filme isso fica muito claro, quando Turing diz que Christopher estava ficando cada vez mais inteligente, deixando a impressão que aquele primeiro amor Platônico ainda ressoava e dava forças para enfrentar não só os desafios da matemática, computação, criptografia, mas também os desafios que uma sociedade atrasada e intolerante impunham à ele.


Acho de extrema importância a história de Turing, pois ela mostra como nossa sociedade está longe de ser livre, não somos livres para falar, trocar e muito menos para amar. 





Alan Turing aos 5 anos.
Se a ciência da computação está avançada hoje, pense em como estaria se nosso gênio pudesse ter participado das conferências e reuniões?

Aproveito o post para iniciar uma série de artigos/vídeos sobre sistemas criptográficos e criptografia no geral.

Um ótimo filme que retrata a história de Turing é The Imitation, o filme conta a vida de Turing durante a Segunda Guerra, e durante lapsos temporais insere o passado de Turing, sua adolescência complicada e seu primeiro amor, Christopher Morcom, não deixando de fora a parte mais tocante do filme o triste final de Turing.


Assista o filme.
Livro que inspirou o filme.


Matemática do IDH








       
                               Matemática do IDH                                 


Nestas duas aulas (11 e 12) sobre o processo de desenvolvimento do IDH pudemos identificar alguns conceitos matemáticos de aulas anteriores, sua utilidade e significado em situações práticas.

No inicio da aula temos um resumo sobre a história do Índice de Desenvolvimento humano, criado pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Hay, para classificar os países em categorias.

No que tange ao papel da matemática nessa classificação, vemos a importância da adoção dos conceitos teóricos à prática. Inicialmente o Índice era calculado com uma média aritmética, o que causava distorções, como exemplo temos a China que apesar de ter uma enorme economia por outro lado enfrenta dificuldades para aumentar a qualidade de vida da população.

Para evitar as distorções aplicou-se a partir de 2010 a média geométrica, é observado que ela procura estigmatizar os eventos indesejáveis, diferente da aritmética que procura equalizá-los. Tornando, assim, a medição mais acurada e realística.

Esta aula foi bem elaborada, dando respaldo para os conhecimentos anteriormente adquiridos, mostrando conceitos abstratos sendo utilizados e aplicados, de fato, é de suma importância para um aluno de engenharia entender que os conceitos aqui explorados serão de extrema utilidade para melhoria de suas funções.

Resumo -Matemática - Aula 2 - Lógica e argumentação na linguagem cotidiana



Aprendemos conceitos básicos da lógica argumentativa clássica, como conceitos de tautologia, argumentos, sentenças e proposições.
Dando prosseguimento a aula anterior, o professor, utilizou do português para ensinar lógica matemática, tornando a linguagem mais simples e amigável do que apenas binários de verdadeiro ou falso.
 Tal abordagem me ajudou a enxergar lógica em pequenos fatos cotidianos e a analisar a lógica argumentativa em todas as esferas, principalmente no desenvolvimento de minha cidadania em um ano de eleições. Com um olhar mais crítico posso não apenas entender o conteúdo, mais analisá-lo com uma visão mais crítica e lógica. Como por exemplo uma análise de proposta de candidatos das quais suas premissas são duvidosas e imprecisas, mesmo com um argumento perfeito, não havia verdade e concatenação nas premissas ou mesmo na leitura de jornais e revistas, resultando portanto em um argumento falho.

Um dos exemplos que mais me chamou atenção foi a análise da argumentação dada por um leitor de um artigo de jornal. A argumentação era a seguinte:

Juros internacionais altos geram inflação alta
Os juros internacionais estão baixos
Logo a inflação deveria estar baixa

Veja que todas as afirmações poderiam ser verdade, porém o argumento não está concatenado. Não necessariamente a primeira afirmação (PA) acarreta na segunda argumentação, e portanto a conclusão é inconsistente, veja que a conclusão  não decorre apenas de uma condição.

Na própria aula o professor demonstrou através de um diagrama em círculos muito similar a que vemos na representação do conjunto numérico.



Acabamos a aula com o exemplo da lógica de Galileu contra a falha argumentativa dos filósofos gregos (especificamente Aristóteles), para exemplificar a importância da lógica na demonstração cientifica moderna.



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O trabalho Resumo -Matemática - Aula 2 - Lógica e argumentação na linguagem cotidiana de Guaraci Valmir Soares Neto está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
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Leitura e produção de texto - Aula 14 - Engenharia - Tipos e gêneros textuais



Leitura e produção de texto - Aula 14 - Engenharia - Tipos e gêneros textuais


Resumo: Tipos textuais e gêneros textuais:

Gêneros textuais apresentam aspectos sociocomunicativos, os tipos textuais utilizam-se de padrões formais. Analisando a função de cada um dos tipos percebe-se o valor deles para normatização, por exemplo em uma pesquisa  científica.

Há apenas quatro tipologias existentes, são elas: narração, descrição, dissertação e exposição.
Os tipos textuais são mescláveis, ou seja, podemos ter um texto argumentativo e dissertativo ao mesmo tempo, injuntivo e argumentativo.


Leitura e produção de texto - Aula 13 - Engenharia - A escrita e a cultura




A escrita e a cultura

Aula ministrada por Aldo Luiz Bizzocchi




Muito me chamou atenção a proximidade das explicações dessa videoaula , ministrada pelo professor Luiz Bizzocchi de número 13 de Leitura e Produção de Texto, com os estudos de Abraham Moslow e do filósofo David Hume, na explanação da aula pretendo ligar o pensamento desses dois estudiosos com essa aula.


Depois de satisfeita as necessidades básicas, fisiológicas e de segurança, o homem começa a se guiar pelos sentimentos para ter prazer.


Conforme a filosofia de David Hume, descrita no vídeo a baixo, vemos que o homem se guia pelos sentimentos, em busca do prazer:




Para satisfazer as necessidades básicas o homem cria utensílios, em um sentido amplo tais utensílios podem ser chamados de cultura. Satisfeitas as necessidades básicas, a razão começa a ser guiada pelos sentimentos em busca de prazer, daí surge a arte, religião e a escrita.

Nas civilizações pouco desenvolvidas a cultura é passada oralmente, por meio de cantigas, canções, contos mitológicos e  na medida em que ela vai desenvolvendo conhecimento, chega a um ponto que é necessário registrá-lo.

Por isso que nas civilizações ocidentais modernas o principal meio de transmissão informacional é a escrita, o nível cultural cresce extraordinariamente, não sendo mais comportado pela oralidade, em tais níveis de expansão o não letramento do indivíduo torna-o limitado aos altos níveis de cultura e por tanto à parte mais interessante da busca pelo prazer.






Leitura e produção de texto - Aula 12 - Engenharia



Leitura e produção de texto - Aula 12 - Engenharia - O que faz de um texto um texto? Princípios de textualidade - parte 2

Aula da disciplina Leitura e produção de texto do curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Turma 2014.
Professora responsável pela disciplina: Silvia M. Gasparian Colello. Professor ministrante: Luiz Roberto Dias de Melo



São fatores de coerência:

Intencionalidade - Intenção do autor
Aceitabilidade - Parte do leitor
Informatividade - Capacidade dos textos nos surpreender, trás algo novo
Situacionalidade - Determinada situação, do texto para o contexto ou o contrário





Leitura e produção de texto - Aula 11 - Engenharia -



Leitura e produção de texto - Aula 11 - Engenharia - O que faz de um texto um texto? Princípios de textualidade
Aula da disciplina Leitura e produção de texto do curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Turma 2014.
Professora responsável pela disciplina: Silvia M. Gasparian Colello. Professor ministrante: Luiz Roberto Dias de Melo






Como criar pontes

Muitos de nós entramos no curso de engenharia pensando em criar grandes projetos, como pontes, eles se depararam com aulas de português que pareciam não ter nada para ensinar sobre a criação delas. Porém olhando bem à fundo todos os temas tratados estão intimamente ligados com a criação delas.

Comecemos com a coerência, ela está em todo texto, há diversos fatores para fazer o texto coerente, são muitas as variáveis e uma delas é fazer a ponte entre o autor e o leitor. Há um momento no ato de comunicação, talvez não seja compreendido como objeto coerente (como essa última frase, que parece sem coerência e coesão). É preciso sempre levar em conta a complexidade do texto, não quer dizer que um texto complexo não seja coerente. É mais fácil compreender o conceito com o exemplo contrário, por isso gostei muito da ideia de colocar o vídeo do canal Porta dos Fundos como exemplificação.

A coesão textual foi levantada com o exemplo de um microtexto do escritor Carlos Ceabra , ela é de fato importante para auxiliar na progressão textual, é um elemento de ligação. Servem como pontes possibilitando a continuidade sem pedantismo.

A intertextualidade foi outro assunto tocado na aula, segundo a definição da Wikipédia é "criação de um texto a partir de outro pré-existente", foi o que fizemos no Projeto Integrador (PI), nos baseamos em textos e dados pré-existentes. No próprio blog, que disponibilizo esse texto é possível observar referências ao mundo do software livre, letras de músicas escritas por Wozniak (deixo o desafio de acharem essas partes). Assim como para a coesão temos uma ponte ligando o texto nele mesmo, nesse recurso temos outra mas dessa vez referenciando a uma externalidade.

Por fim vimos elementos de coesão, coerência e intertextualidade, todos os elementos vistos são quase como um redescoberta do significado e das possibilidades de malabarismo com a escrita, entendê-los torna mais calara a função e permite maior possibilidade de locomoção entre os textos, a criação de pontes. 

Antes mesmo de começarmos projetos de pontes, precisamos saber construí-las na escrita, não adiantaria nada todo o saber matemático se não fosse possível bem comunicá-lo.




Leitura e Produção de Texto - Aula 10 - Engenharia - Metarregras

Leitura e Produção de Texto - Aula 10 - Engenharia - O que faz de um texto um texto? Metarregra de não contradição e Metarregra de relação - parte 2
Aula da disciplina Leitura e produção de texto do curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Turma 2014.
Professora responsável pela disciplina: Silvia M. Gasparian Colello. Professor ministrante: Luiz Roberto Dias de Melo



Das metarregras de não contradição e relação


Nesta videoaula o professor Luiz Roberto Dias de Melo nos apresenta as metarregras de Michel le Charrole, mais especificamente as de não contradição e relação.

Segundo as palavras de Michel:
   “Para que um texto seja microestruturalmente ou macroestruturalmente coerente, é preciso que no seu         desenvolvimento não se introduza nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo posto ou pressuposto por uma ocorrência anterior, ou deduzível desta por inferência”.

Essa é a metarregra da não contradição, o texto não pode ser ilógico, ele precisa seguir uma linha de pensamento clara e em conjunto com as duas regras anteriores, expostas na aula anterior. 


Prossigamos para a próxima metarregra, explicada por Charrole da seguinte maneira:
“Para que uma seqüência ou um texto sejam coerentes, é preciso que os fatos que se denotam no mundo representado estejam relacionados”.““

Ou seja é necessário que o texto possa trazer algo da realidade para a escrita, sendo possível para o leitor entendê-lo.

Toda a análise de Charrole deve ficar realmente gravada na nossa memória, pois só assim como engenheiros poderemos bem expor nossas ideias por meio da escrita. 



Leitura e Produção de Texto - Aula 9 - Engenharia - Metarregras


Metarregra de repetição e Metarregra de progressão

Leitura e Produção de Texto - Aula 9 - Engenharia - O que faz de um texto um texto - Metarregra de repetição e Metarregra de progressão - parte 1
Aula da disciplina Leitura e produção de texto do curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Turma 2014.
Professora responsável pela disciplina: Silvia M. Gasparian Colello. Professor ministrante: Luiz Roberto Dias de Melo



                                                      As metarregras de Michel de Charrole

Nesta videoaula o professor Luiz Roberto Dias de Melo nos apresenta as metarregras de Michel le Charrole, mais especificamente as de repetição e progressão.

Primeiro precisamos entender o que é metarregra, gosto sempre de estudar a etimologia das palavras, o meta refere-se a algo além, algo além do texto superficial, como algo dentro do próprio texto. Depois de entendida o significado, vou expor meu entendimento sobre cada uma dessas metarregras.

A utilização de pronomes ou sinônimos para substituição de palavras faz parte da primeira delas, visa a fluência textual, muito focada na estilística (no sentido estético), tornando-o muitas vezes mais rico e menos pedante. Ela também é um fator importante para dar sentido ao texto.

Enquanto a primeira torna o texto mais fluído, a segunda dá os ditames para a progressão textual, ou seja, para Charrole essa metarregra descreveria o elemento de expansão, de forma que o texto não se repetisse indefinidamente no mesmo assunto.

Veja que ambas as regras são complementares, para progredir no texto é necessário a utilização de referências anteriores para dar sentido e forma ao texto. No pensamento de Michel não há distinção entre coesão e coerência, o que faz muito sentido pois se formos analisar profundamente ambas são dicotomicamente inseparáveis.

Leitura e Produção de Texto - Aula 8 - Engenharia - A prática da escrita


Leitura e Produção de Texto - Aula 8 - Engenharia - A prática da escrita
Aula da disciplina Leitura e produção de texto do curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Turma 2014.
Professora responsável pela disciplina: Silvia M. Gasparian Colello. Professor ministrante: Luiz Roberto Dias de Melo

Vida é Educação

A escrita está sendo modificada nos últimos anos drasticamente, novos meios de escrever estão surgindo e com eles amplitude de possibilidades de usá-las dentro do ensino, superando a velha escola como um passo em direção ao futuro já indicado por filósofos do século passado.

A antiga escola na qual o aluno era apenas um mimetizador de poemas, textos e até de frases está ficando cada dia mais distante do modelo ideal para os parâmetros atuais. Hodiernamente grande parte da educação em países desenvolvidos presa a utilização da criatividade do aluno como meio principal para o desenvolvimento da arte de escrever.

Vemos isso acontecer nas escolas norte americanas , muito influenciadas pelas ideias da Escola Nova, pregadas principalmente pelo filósofo e pedagogo John Dewey. Na obra "Vida e Educação" (livro composto por dois ensaios pedagógicos)  defende a tese de que educação não deve e não pode se separar da vida, pois a vida e a educação em condições integras seriam o mesmo.

O resultado do pensamento do pedagogo norte-americano ajudou a gerar a escola estados unidenses, amplamente divulgada por meio de filmes e outros produtos culturais, na qual o aluno é convidado a interagir com outras matérias do seu interesse. A prática da redação é altamente cobrada em oficinas, aulas letivas e demais atividades extra curriculares. Há o sentimento de miniaturização social como forma de imitar a vida, tanto defendida pelo filósofo, para auxiliar no contínuo processo de aprendizagem integrado com a sociedade (para mais informações aconselho a leitura de "Democracia e Educação"), de tal forma que a experiência escolar não esteja separada da vida em comunidade e possa na medida do possível se igualar a ela. Quem nunca viu em um filme as disputas eleitorais escolares, os redatores jornalísticos de treze anos, todas essas atividades são um complemento e uma imitação da sociedade.

O conceito de ambivalência entre educação e vida precisa ser mais explorado dentro da temática escolar e universitária brasileira, principalmente no âmbito da principal ferramenta de vetor das novas tecnologias, a escrita. Devemos aproveitar que a vida moderna está se resumindo a escrever, no facebook, twitter, whats app, blogs, websites entre outras ferramentas para englobar o contexto escolar, como sabiamente fez a professora do ensino médio Cláudia Rodrigues como um trabalho inovador de mestrado. Ela utilizou de blogs para formar um espaço de discussão e entendimento entre os alunos e percebeu os enormes benefícios da utilização dessa ferramenta. Aumento do interesse nas aulas, busca por novos conhecimentos, debates fora da aula, são alguns dos resultados mais proeminentes da pesquisa de mestrado.

Como resultado de todos os benefícios vistos neste artigo da integração entre escola e a sociedade, não consigo ver motivos para não avançarmos em direção a uma maior integração entre essas duas partes que deveriam se unir para o desenvolvimento do indivíduo, principalmente no papel de crítico pela expressão de ideias através da escrita. Encerro o meu pensamento enaltecendo a Univesp, pela ousada iniciativa de implementar um modelo inovador de integração entre sociedade e universidade, parabéns para a Univesp e a outros professores que como a Cláudia Rodrigues tem a coragem de enfrentar o desafio de mostrar a educação como a própria vida.

Leitura e Produção de Texto - Aula 7 - Engenharia - As regras da nova ortografia

O direito individual e as leis no novo acordo ortográfico

Antes de entrarmos no mérito da viabilidade ou não de criar uma lei para modificar hábitos individuais, explicarei o que é uma lei e então vamos aprofundar na questão discutida na videoaula.A aula todo discute essas novas regras mostrando inclusive alguns exemplos, vale à pena conferir.

Primeiramente o  que é uma lei? Uma lei segundo Frédéric Bastiat (ilustre economista francês) é:

"... o direito natural,(...) de defender sua própria pessoa, sua liberdade, sua propriedade. Estes são os três elementos básicos da vida, que se complementam e não podem ser compreendidos um sem o outro. E o que são nossas faculdades senão um prolongamento de nossa individualidade? E o que é a propriedade senão uma extensão de nossas faculdades? Se cada homem tem o direito de defender — até mesmo pela força — sua pessoa, sua liberdade e sua propriedade, então os demais homens têm o direito de se concertarem, de se entenderem e de organizarem uma força comum para proteger constantemente esse direito.
O direito coletivo tem, pois, seu princípio, sua razão de ser, sua legitimidade, no direito individual. E a força comum, racionalmente, não pode ter outra finalidade, outra missão que não a de proteger as forças isoladas que ela substitui.
Assim, da mesma forma que a força de um indivíduo não pode, legitimamente, atentar contra a pessoa, a liberdade, a propriedade de outro indivíduo, pela mesma razão a força comum não pode ser legitimamente usada para destruir a pessoa, a liberdade, a propriedade dos indivíduos ou dos grupos."

Portanto seria uma contradição segundo a tese de Bastiat uma lei que atentasse contra o direto individual ou de um determinado grupo, ou seja, ela não pode ser usada em detrimento de um grupo ou mesmo de um individuo, pois em essência estaria indo contra a própria razão de ser.

Dessa forma, retirar parte de um bem grupal, regional e portanto individual por meio da lei é solapar a liberdade e sobretudo a propriedade, tendo em vista que cada região tem seu modo próprio de utilizar a linguagem. A intenção de unificar cada vez mais o idioma é ótima, mas isso deveria ter sido feito de comum acordo entre os acadêmicos, jornalista e toda a sociedade para implementar aos poucos suas vontades, não por uma imperiosa lei.

Defende-se muito a ideia da simplificação do idioma para facilitar na área educacional por meio de decretos, porém esquecem a raiz do problema que está na educação de qualidade e no interesse do povo de aprender seu próprio idioma.

Agora como escravos do próprio idioma temos que baixar a cabeça e seguir de lei em lei modificando nossa cultura e destruindo nossos direitos.

Leitura e produção de texto - Aula 6 - Engenharia



 Faça sua escolha de acordo coma situação:






Montei essa imagem para contextualizar o valor da escolha correta entre a linguagem padrão e a corrente comum do dia-a-dia.
Da mesma forma que um eleitor precisa escolher o melhor candidato de acordo com as políticas, ambiente financeiro e propostas, os falantes do idioma precisam sempre escolher a melhor linguagem de acordo com o ambiente, tendo muito cuidado ao analisar o uso de cada uma delas.

A utilização dos  famosos "memes" dá as imagens um significado mais marcante, o Derp foi utilizado na primeira imagem representando a linguagem corrente pois ele representaria para os gramáticos puristas o cidadão comum. Nas tiras de humor, o personagem Derp representa alguém idiota, bobo e sem conhecimento.

O personagem "like a sir" foi propositalmente escolhido por representar elegância e classe,  tal qual é vista a linguagem padrão pelo cidadão comum. Outro fator de importância foi a origem histórica do personagem, ele primeiramente apareceu em uma tirinha na qual o personagem Derp após ser elogiado por ter uma bela casa se transforma no personagem "like a sir". Tendo em vista este fato histórico da origem do personagem, de que o mesmo Derp idiota e bobo pode se transformar em um ser elegante, procurei fazer uma correlação entre isso e a gramática, ou seja, a mesma pessoa pode fazer o uso das duas linguagens de acordo com a necessidade .



Obs:Só mais uma consideração, a aula do professor Gabriel está realmente fantástica.

Leitura e Produção de Texto - Aula 5 - Engenharia




Uma língua brasileira?


Teríamos um português diferente o suficiente daquele trazido pelos portugueses a ponto de podermos afirmar que temos um novo idioma, talvez chamado de brasileiro e não mais de português? E o que há por trás da intenção de modificar a denominação da língua falada?

Para suportar uma tese dessas pela simples diferenciação cultural generalizada de um povo com base no território geográfico de um país, seria necessário descartar as diferenças regionais linguísticas quase tão distintas no nosso território quanto àquela de Portugal para com o restante da comunidade lusófona.

Não vejo na sociedade brasileira uma massa homogenia suficiente para podermos declarar que temos uma língua própria como um país, até porque o Brasil único só existe nas linhas geográficas traçadas pela história. Empiricamente pude comprovar isso diversas vezes pelas minhas andanças no território nacional.

Não há lógica em querer diferençar tanto o português do brasil a ponto de transformá-lo em "brasileiro", pois se formos seguir a mesma lógica pelas diferenças culturais com base em territórios demarcados, começaríamos a criar uma centena de dialetos como se fossem idiomas, não temos uma cultura nacional homogenia para fazer isso e as diferenças entre o idioma "brasileiro" do sul e o do nordeste seriam tão gritantes quanto a do português dito de Portugal.

Para escrever esse texto referente à aula 5 de Leitura e Produção de Texto, pesquisei também o processo de diferenciação nas colônias inglesas, e de fato há o reconhecimento da diferenciação entre os idiomas reconhecidamente, mas não ao ponto de transformar o inglês usado nos Estados Unidos da América em algo como língua norte-americana, para eles seria até mais fácil baseado no que foi descrito na aula como base para diferenciação (uma cultura própria demarcada pelas linhas geográficas), pois é sabido que há um sentimento de pátria e união maior, mas mesmo assim eles costumam apenas diferenciar as regionalidades.

Além da discussão sobre a denominação do idioma, outro fator que me chamou atenção foi o do sentimento nacionalista impregnado no discurso, talvez até distorcendo a própria realidade e destruindo a lógica do argumento. Não vemos uma união nacional a não ser em uma festa anual e outra quadrianual (carnaval e copa) e se há comoção de massas não é pelo sentimento de união é pelo simples fato de sermos humanos.

Como libertário não vejo o Brasil como uma nação, não vejo pontos culturais fortes o suficiente e muito menos a necessidade deles, o conceito de nação parece ainda se sobrepor ao de avanço em conjunto como seres humanos, divididos em grupos diversos.  

O único motivo pelo qual vejo que seria possível denominar o português praticado genericamente no Brasil em brasileiro seria apenas por um apelo nacionalista, não existente nesse país.

Leitura e Produção de Texto - Aula 4 - Engenharia





                                                  Engenharia e a leitura, uma relação especial                                            

A leitura é muito mais do que a decodificação, ela é uma série de processos mentais , de decodificação, ver os sentidos e lidar com as ambiguidades, antecipar as informações, articular as informações, relacionar com os conhecimentos e por fim relacionar com os valores sociais.

Toda essa série de processos pode ser aprofundada pelo leitor ao longo do tempo, e o mais importante é a busca para cada vez mais entender a própria língua. Ser alguém proativo, pois cada uma das características do aprendizado de leitura pode ser aplicado na vida real.

Vou além, com essas aulas percebi a importância e o significado de ter uma boa relação com a leitura, pois ela não é apenas um reflexo de um saber sobre uma área especifica do conhecimento, ela é um reflexo da própria pessoa, dos seus valores mais íntimos.

Não é atoa que as empresas cada vez mais procuram engenheiros com boa capacidade de leitura e interpretação de texto, pois se ele não é capaz de compreender o universo simbólico envolto nas palavras, não poderá também enxergar isso na elaboração de um produto, processo ou política empresarial. Não entendendo os valores sociais à sua volta, como um engenheiro poderá desenhar uma inovação?

Por fim, na semana dois do curso de Leitura e Produção de texto, pude tomar gosto, ainda mais, pelo prazer de ler e escrever, sabendo agora que tal atividade me auxiliará tanto quanto conhecimentos matemáticos profundos.


Links e dicas:

Achei uma tirinha humorística sobre o real poder da leitura, fazer você pensar: