Leitura e Produção de Texto - Aula 8 - Engenharia - A prática da escrita


Leitura e Produção de Texto - Aula 8 - Engenharia - A prática da escrita
Aula da disciplina Leitura e produção de texto do curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Turma 2014.
Professora responsável pela disciplina: Silvia M. Gasparian Colello. Professor ministrante: Luiz Roberto Dias de Melo

Vida é Educação

A escrita está sendo modificada nos últimos anos drasticamente, novos meios de escrever estão surgindo e com eles amplitude de possibilidades de usá-las dentro do ensino, superando a velha escola como um passo em direção ao futuro já indicado por filósofos do século passado.

A antiga escola na qual o aluno era apenas um mimetizador de poemas, textos e até de frases está ficando cada dia mais distante do modelo ideal para os parâmetros atuais. Hodiernamente grande parte da educação em países desenvolvidos presa a utilização da criatividade do aluno como meio principal para o desenvolvimento da arte de escrever.

Vemos isso acontecer nas escolas norte americanas , muito influenciadas pelas ideias da Escola Nova, pregadas principalmente pelo filósofo e pedagogo John Dewey. Na obra "Vida e Educação" (livro composto por dois ensaios pedagógicos)  defende a tese de que educação não deve e não pode se separar da vida, pois a vida e a educação em condições integras seriam o mesmo.

O resultado do pensamento do pedagogo norte-americano ajudou a gerar a escola estados unidenses, amplamente divulgada por meio de filmes e outros produtos culturais, na qual o aluno é convidado a interagir com outras matérias do seu interesse. A prática da redação é altamente cobrada em oficinas, aulas letivas e demais atividades extra curriculares. Há o sentimento de miniaturização social como forma de imitar a vida, tanto defendida pelo filósofo, para auxiliar no contínuo processo de aprendizagem integrado com a sociedade (para mais informações aconselho a leitura de "Democracia e Educação"), de tal forma que a experiência escolar não esteja separada da vida em comunidade e possa na medida do possível se igualar a ela. Quem nunca viu em um filme as disputas eleitorais escolares, os redatores jornalísticos de treze anos, todas essas atividades são um complemento e uma imitação da sociedade.

O conceito de ambivalência entre educação e vida precisa ser mais explorado dentro da temática escolar e universitária brasileira, principalmente no âmbito da principal ferramenta de vetor das novas tecnologias, a escrita. Devemos aproveitar que a vida moderna está se resumindo a escrever, no facebook, twitter, whats app, blogs, websites entre outras ferramentas para englobar o contexto escolar, como sabiamente fez a professora do ensino médio Cláudia Rodrigues como um trabalho inovador de mestrado. Ela utilizou de blogs para formar um espaço de discussão e entendimento entre os alunos e percebeu os enormes benefícios da utilização dessa ferramenta. Aumento do interesse nas aulas, busca por novos conhecimentos, debates fora da aula, são alguns dos resultados mais proeminentes da pesquisa de mestrado.

Como resultado de todos os benefícios vistos neste artigo da integração entre escola e a sociedade, não consigo ver motivos para não avançarmos em direção a uma maior integração entre essas duas partes que deveriam se unir para o desenvolvimento do indivíduo, principalmente no papel de crítico pela expressão de ideias através da escrita. Encerro o meu pensamento enaltecendo a Univesp, pela ousada iniciativa de implementar um modelo inovador de integração entre sociedade e universidade, parabéns para a Univesp e a outros professores que como a Cláudia Rodrigues tem a coragem de enfrentar o desafio de mostrar a educação como a própria vida.

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